São tantos os silêncios que
se tornam ruídos,
Nalguns silêncios ouço
gritos, tiros e gemidos.
Nem todos os silêncios são
mudos, eles falam,
Queixam-se do que se ouve e
me mal tratam.
Não suporto tantos silêncios
que me chegam,
São sintoma de que nada de
verdade se diz,
Tudo o que me possa denegrir,
eles inventam,
Por isso se fecham em
silêncios, ideia infeliz.
Procurei decifrar os
silêncios que fazem ecos,
Nas paredes da minha casa,
de porta aberta,
P’ra receber quem me queira
oferecer afectos,
Não quero q’os silêncios
sejam praia deserta.
Os silêncios também ofendem,
são cínicos,
Não têm coragem de acusar
com verdade,
Falam por ecos e dardos sem
sinceridade,
Q’atiram contra mim de
longe, teledirigidos.
Ruy
Serrano, 28.08.2013, às 17:30 H
Sem comentários:
Enviar um comentário