sexta-feira, 23 de agosto de 2013

LISBOA DAS SETE COLINAS E DO TEJO

 Lisboa das sete colinas, sentinelas do Tejo,
Tens vaidade por seres tão bem defendida,
Das investidas dos veraneantes e turistas
Que profanam teus segredos. Não desistas
Das tuas tradições, do teu rico património,
Tens tudo q’ uma cidade ambicionou ter,
O sol quente e brilhante, a brisa do Tejo,
As ruelas, becos e avenidas, miradouros,
Praças e alamedas, meus grandes amores.

Vivi contigo cinco anos, perdido de ciúmes,
Eras por todos assediada, meus queixumes,
Corria por teu corpo nos carros electricos,
Acariciava os teus monumentos e museus,
Assistia às tuas revistas do Parque Mayer
Divertia-me na tua colorida Feira Popular,
Desfrutava da bem acolhedora, Estufa Fria,
Jogava à bola de trapos no Campo Grande,
Ia ao Castelo de São Jorge p’ra te adorar.

Ainda tens os encantos, dos teus recantos,
Das casas de fado, das tascas e retiros,
Das esplanadas e dos jardins verdejantes,
Mantenho-me enamorado de ti, meu amor,
Só quero que não percas tua luz, tua cor.
Que sejas sempre a Lisboa dos mouros
E dos lusitanos, sem sofreres dissabores
Com maus tratos e prejudiciais danos.
P’ra eu te revisitar e te voltar a beijar.



Ruy Serrano, 23.08.2013, às 01:20 H.

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