sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SEMPRE A APRENDER

Estou sempre a aprender até eu morrer,
O que aprendi não é nada d'importante,
É quási nada do q’inda estou a aprender,
É um aprender de que não m'arrependo.

Ainda estou a aprender como namorar,
É a lição mais difícil p’ra eu aprender,
Nunca saberei nada do verdadeiro amar,
É uma arte que exige engenho e saber.

Também de política não percebo nada,
Nem quero nunca aprender, ignorante
Quero ficar, sou do povo, sem fachada,
Assisto ao espectáculo, muito distante.

Estou sempre a aprender, tenho dúvidas,
Aprendo com a vida, com a natureza,
Desconfio de quem usar de subtileza
P’ra m’ensinar, sem me causar feridas,

Até ao último dia da minha vida, aprendo
Como sofrer até morrer, de sorriso aberto,
Conformado e resignado, ainda desperto,
Até ao último minuto do eterno Advento.

Ruy Serrano, 24.08.2013, às 15:40 H

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