domingo, 22 de julho de 2012

A AGONIA DE UMA NAÇÃO


Que saudades eu tinha do mar que o fui contemplar,
O sol brilhava nas suas águas e os peixes nadavam,
Tive a sensação que os pescadores fizeram tréguas,
Dando aos peixes tempo para se poderem multiplicar,
Era o que há muito aos homens de bem reclamavam,
Os pescadores assim acharam e entraram em férias.

Fui aos campos ver se as culturas tinham progressos,
Surpreendido fiquei pelas imensas terras por amanhar,
Soube que os agricultores se achavam decepcionados,
Os produtos tão mal pagos, com prejuízos manifestos,
E as terras a pedir descanso para poderem recuperar,
Chegaram a acordo por estarem ambos interessados.

Visitei o parque industrial que pensava ainda existir,
Deparei com muitas fábricas fechadas e degradadas,
Gente desempregada, passando dificuldades e fome,
Ninguém faz nada para evitar o descalabro subsistir.
Muitas fábricas desmontadas para serem transferidas,
Deixando o País mais pobre, em completo desnorte.

Percorri as zonas históricas das nossas belas cidades,
Fiquei chocado com as lojas encerradas para sempre,
Com escritos de trepasse e venda, grande desespero,
As cidades perderam a sua vida e amargas verdades
Marcaram toda a gente, com dificuldades e temendo
Terem de partir, passando da cidade para o desterro.

E assim um País, uma Nação entre em pré-agonia,
Com promessas falsas de quem acha que governa,
Sem soluções para os muitos e graves problemas,
Recorrendo a ajudas externas e ficando em sintonia
Com quem explora, com juros altos e impõe miséria.
A doença é grave e prolongada, de maus sintomas.











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