terça-feira, 3 de julho de 2012

DA JANELA DO MEU QUARTO


Por trás da cortina do meu quarto, está a janela,
Que à noite namora a lua e de dia a secreta rua.
Afasto a cortina e espreito pela janela já aberta,
Respiro o ar do dia que chegou, depois da lua.

Obcecados pelo tempo da manhã que lhes foge,
Os matutinos correm e os carros parecem voar
Já vão atrasados para seus destinos, bem longe,
Desprezando os peões que arriscam atropelar.

Da janela do meu quarto, assisto ao espectáculo
Que a manhã agitada me oferece, sem bilhete,
Não quero apanhar boleia, rejeito ser foguete.

Fecho a janela, saio à rua, evito ser obstáculo,
Sigo o passeio, seguro, tranquilo e confiante.
Espero chegar ao meu destino, bem distante.








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