segunda-feira, 23 de julho de 2012

LIBERTEI-ME DE TI


Na almofada do teu colo fechei os meu olhos,
O arfar do teu peito, o palpitar do teu coração
Deixaram-me preso a ti com grilhetas de aço,
Fiquei teu prisioneiro, fechado com ferrolhos,
Sujeito aos teus vis caprichos sem compaixão,
Obrigado a ficar no teu castelo enclausurado.

Tua presença era meu consolo, minha estrela,
Davas-me confiança, teus beijos saboreados,
Tão doces que os desejava a todo o instante.
Desgostoso fiquei por me desligares da trela,
Trocando-me por outro de menos predicados,
Foi deveras chocante e de sofrimento bastante.

Hoje sei que a tua traição só me veio ajudar
A recuperar minha liberdade, minha vontade
De me tornar útil e sem de ti ser prisioneiro,
Arranjei outra parceira que me sabe estimar,
Não me restando de ti o mínimo de saudade,
Amar e ser amado com verdade, eu almejo.





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