Aquela planície parecia não ter fim,
Tanto caminhei que então deparei,
Com dispersos morros de salengo,
Plantados na planície só para mim,
Pintados de ocre que surpreendeu,
Tudo o que ambicionei e mantenho.
Aquela planície imensa e solarenga,
Despertou-me deliciosas vontades
De erguer uma cubata e nela viver,
Com companheira em quarentena,
Desse bom tempo tenho saudades,
Dessa bela mulher a imagem manter.
Meu desejo é de voltar aquela planície,
Para reviver aquele tempo de sonho
Em que assistia ao desfile dos animais,
E o tempo deixava de ser uma chatice.
Assim a vida não era peso medonho,
Era algo que me recordava meus pais.
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