quinta-feira, 5 de julho de 2012

O MEU QUERIDO ARTESANATO


O meu artesanato está sempre vivo e presente,
É diverso, divertido e meu amigo,
De bonito recorte, de preto vestido,
Está sempre comigo.

A peça mais valiosa é uma Deusa formosa,
De olhar doce, rosto fino, pescoço
Longo, cabelo ao alto apanhado,
Deixa-me apaixonado.

Ao seu lado, vigilante, observador e atento,
Um homem de ar austero e zelador,
Protege a minha Deusa
Da sua beleza.

Uma mulher também se perfila na mesma fila,
Tem o cabelo entrançado e atado,
Sorri para a Deusa, embevecida,
Sua bela filha.

Duas crianças alegres e de sorriso doce e feliz,
De tranças finas, descendo das cabecitas,
Saltam à corda junto aquela imagem,
Que é a sua amada mãe.

Mais distante um caçador, com sua presa às costas,
Vem a chegar da caça ao veado,
Caça para não ser caçado,
É bem aguardado.

Um pensador com as mãos, cobrindo as têmporas,
Pensa concentrado por mim e por todos,
Recebe e transmite mensagens,
Que vêm doutras paragens.

Três figuras polémicas, simbolizam o surdo, o mudo
E o cego, com outros sentidos mais apurados,
Não sabendo porque foram castigados,
Dos sentidos privados.

O meu artesanato é rico de humanidade e fidelidade,
Não me abandona e eu também desejo,
Que continue comigo a viver,
Para minorar meu sofrer.




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